quinta-feira, 13 de junho de 2013

Ele e ela.

Foram longos meses. Dias, horas, segundos que pareciam ser infinitos... pelo menos para aquele casal apaixonado que diziam se amar para sempre. Mal sabiam que todo para sempre tem um final. E teve.

Ela chorava dia e noite. Mandava mensagem no celular dele enquanto ele anotava o celular de outra na balada. Não dormia e chorava mais um pouco. Falava com ele todas as vezes que entrava no Facebook, ou simplesmente ficava na expectativa de esperar ele vir falar: enganando a si mesma. Postava para todos fotos com as amigas dizendo que estava ótima e se sentia a pessoa mais feliz do mundo: enganando a si mesma novamente e achando que estava enganando a ele: Coitada.

Ele nem ligava. Ele saia pra beber com os amigos. A cada cerveja um novo cigarro. A cada balada uma nova garota. Ele estava ótimo, muito bem por sinal. Talvez a última coisa que ele sentia falta naqueles dias era de alguém lhe enviando SMS compulsivamente.

Ela lia e relia as mensagens antigas. Persistia no erro. Deletava o número do celular mas não conseguia apagar da memória. Aliás, algumas coisas a gente realmente não esquece tão fácil não é? Mas foi de tanto ela lembrar que deveria esquecer que acabou não conseguindo.

Ele não perdia uma oportunidade. Não perdia nenhum fim de semana e nenhuma  garota. Mas foi com o tempo que ele começou a se perder.. Sentia falta de procurar nas outras garotas o que ele só encontrava nela. E foi em uma dessas buscas que ele desistiu de procurar. Entre uma garrafa e outra ele acabou encontrando solidão. Cansou. Voltou atrás.

Ela já havia sofrido demais. O tempo foi justo. Ela esqueceu que tinha que esquecê-lo e acabou esquecendo. Amigas, balada, vodka e um número desconhecido ligando bêbado na madrugada. Desconhecido porque ela já havia apagado do celular, e claro, o tempo já havia se encarregado de apagar da cabeça dela. Agora era sua vez. Cansou. Andou sem olhar para trás.

Ele chorava noite e dia. Mandava mensagem no celular dela enquanto ela passava o celular para outro na balada. Não dormia e bebia mais um pouco. Falava com ela todas as vezes que entrava no Facebook, ou simplesmente ficava na expectativa de esperar ela vir falar: enganando a si mesmo. Postava para todos fotos com  garotas e dizia que se sentia a pessoa mais feliz do mundo: enganando a si mesmo novamente e achando que estava enganando a ela: Coitado.

Ela aprendeu a se dar a valor. Ele aprendeu a dar valor.

Por Wesley Bocci